Nos ultimos dias aqui em Roma e em toda Italia veio a tona uma questao que foi talvez a coisa que mais me surpreendeu desde minha chegada na europa. Trata-se do fenomeno da imigracao.
No ultimo mes de julho tive uma oportunidade impar de conviver de perto com essa realidade no Marrocos e na Espanha em um centro de estancia temporal de imigrantes (veja foto, com dois jovens um de Bangladesh e outro da India).
Ali pude constatar qto sofrem essa gente pra chegar a europa e quanta esperanca tem de encontrar uma vida melhor.
Com tantos imigrantes que entram todos os dias eh facil imaginar q surjam problemas de integracao, principalmente para os que nao encontram trabalho. Ou pelo simples fato de serem de culturas e religioes muito diferentes... (digamos que a europa ainda eh crista...).
A verdade eh que a europa precisa dos imigrantes. Ja existem profissoes que se nao fossem os estrangeiros faltaria gente. Alem do mais a europa precisa de consumidores, ainda que sejam de baixo poder aquisitivo. Esses devem consumir o excedente de riquezas produzido, jah que os europeos nao querem ocupar-se com filhos...
Tudo isso invevitalmente me dah a impressao de qu o velho continente tah morrendo de velho e que esta sendo gestado um novo e que por enquanto nenhum aparelho de ultrasom consegue dizer se eh macho ou femea, branco, preto, amarelo....
Tambem nao sei quem vai batizar essa "crianca"... Quem sabe ao inves de dizer "Em nome do Pai, do Filho... alguem saude os pais dizendo "Que esta criança possa estar entre os anunciadores do Alcorão". E na "catequese" aprendera a memoria os 114 capitulos.
3 comentários:
É. O caso é sério. Alguns morrem sobre a riqueza (em muito sugada dos agora "miseráveis"), e muitos padecem na miséria (onde antes havia riqueza). O meu vizinho rico veio a minha casa e tomou o que era meu. Hoje vou a sua casa atrás de meus direitos, condições de viver, dignidade. E que não me impeçam. Não seria essa uma espécie de explicação para a migração? A gula está matando meu vizinho. Não permitirei que a fome me mate. Abraço!
Después de haber convivido contigo en Melilla durante 3 semanas, y de ver lo mismo que tú, no puedo más que decir que estoy completamente de acuerdo.
Una vez en casa, en Bilbao, podría ser que el fenómeno de la inmigración me pudiera volver a quedar lejano, pero no tengo más que salir de casa para ver gente de todas partes del mundo. No puedo olvidar las caras de los que "vivían" en el CETI... ¿quizás algún día estén paseando por mi calle...?
Un abrazo y felicidades por el blog!!!
Bha, Moa. Tua partilha... reflexão veio a calhar.
Primeiro, porque "vejo" e, de certa forma, convivo com muitas pessoas que passam fome aqui onde estou (fome, frio, medo, alienação, todo o tipo de sofrimento que poderia ser evitado pelo próprio ser humano... quero dizer, sem a tão esperada "intervenção superior").
Segundo, porque ontem vi a segunda parte do filme "Papa João XXIII: ... um papa da paz" (algo assim). A maior expressão do mal (ou "dos maus") é a guerra - invenção humana maldita a que mais uma vez em nossa história estamos assistindo no Oriente Médio.
Essas duas coisas (a guerra e minha vivência aqui em Moçambique) fazem com que teu texto seja presentificado muito fortemente.
Além do mais, hoje (como bem sabes) foi um dia a parte... "Simples" mas a parte.
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