quinta-feira, 5 de junho de 2008

CARTA AO INQUILINO

Senhor morador!

Gostariamos de informar que o contrato de aluguel que acordamos ha bilhoes de anos atras esta vencendo. Precisamos renova-lo, porem temos que acertar alguns pontos fundamentais:

1. Voce precisar pagar a conta de energia. Esta muito alta! Como voce gasta tanto?

2. Antes eu fornecia agua em abundancia, hoje nao disponho mais desta quantidade. Precisamos renegociar o uso.

3. Porque alguns na casa comem o suficiente e outros estao morrendo de fome, se o quintal é tao grande? Se cuidar da terra vai ter alimento para todos! (Hoje no mundo, ha 820 milhoes de pessoas passando fome; entre elas, 178 milhoes de criancas, conforme dados da FAO de 05/06/08)

4. Voce cortou as arvores que dao sombra, ar e equilibrio. O sol esta quente e o calor aumentou. Voce precisa replantar novamente!

5. Todos os bichos e as plantas do imenso jardim devem ser cuidados e preservados. Procurei alguns animais e nao os encontrei. Sei que quando aluguei a casa eles existiam...

6. Precisam verificar que cores estranhas estao no ceu! Nao vejo o azul!

7. Por falar em lixo, que sujeira, hein??? Encontrei objetos estranhos pelo caminho! Isopor, pneus, plasticos...

8. Nao vi os peixes que moram nos rios e lagos. Voces pescaram todos? Onde estao?

Bom, é hora de conversarmos. Preciso saber se voce ainda quer morar aqui. Caso afirmativo, o que voce pode fazer para cumprir o contrato?

Gostaria de ter voce sempre comigo, mas tudo tem um limite.

Voce pode mudar?

Aguardo resposta e atitudes.
Sua casa, A TERRA

2 comentários:

Ádria Pacheco disse...

É verdade, moramos de graça,não pagamos aluguel e nem ao menos nos damos o trabalho(ou seria dever?) de por o lixo pra fora e limpar a casa de vez em quando!
Adorei o texto, o planeta terra agradece!
Seu Blog já está entre os meus favoritos!
baccios

IGC.Brasil disse...

Moa, há um paradoxal paradoxo que paralisa o pensar, paradoxalmente falando: há muita gente a passar fome; no entanto, todos os peixes foram pescados (ou mortos) (#8); o que aconteceria se eles não fossem pescados, então?

O 'probrema', como se diz, é a distribuição desigual dos alimetos, e não sua pesca ou cultivo. Aliás, isso vale, penso, para outros produtos alimentícios.


Falow!